Uma semana depois, eis que recebo a segunda caixa da Volare Brasil, e nela mais cinco exemplares chegam para enriquecer ainda mais a coleção do Automobilismo Nacional.
Como já havia comentado no post anterior, três exemplares incríveis do protótipo Avallone passam a integrar o acervo. Dois são Avallone/Ford e foram pilotados por Antonio Castro Prado e Nilson Clemente, o outro é Avallone/Chrysler, e foi pilotado pelo próprio construtor, Antonio Carlos Avallone.
São ícones do automobilismo, em especial dos protótipos, que merecem um lugar especial na história, pois representam uma fase de muita criatividade e ousadia dos construtores, bem como de muita coragem e habilidade dos pilotos.
Dando muito valor ao automobilismo nacional, a Volare Brasil reproduziu o Volkswagen Fusca 1600 que os irmãos Fittipaldi utilizaram numa corrida em Porto Alegre. Em dezembro de 1968, a terceira e última versão de rua das 12 Horas foi conquistada justamente pelos irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi Jr., com o Volkswagen nº 7. Outro destaque daquela prova foi o então recém-lançado Ford Corcel, que nessa prova chegou em segundo lugar pilotado por José Carlos Pace e Bird Clemente.
Um fato interessante dessa prova, que ocorria numa pista estreita e sinuosa do circuito Cavalhada-Vila Nova, com percurso de aproximadamente 6,7 quilômetros, foi um grave acidente que levou à proibição de provas automobilísticas em ruas e estradas. Essa tradicional competição permanece até hoje como 12 Horas de Tarumã, e é realizada no autódromo do Tarumã em Viamão.
Saímos do Brasil mas continuamos brasileiros, então temos um Puma GTE 1800 que é considerado o primeiro veículo brasileiro a competir num Rallye na Europa. Era a quinta edição do Rallye Internacional TAP, e ocorreu entre os dias 5 e 10 de outubro de 1971. O Puma brasileiro levava o número 132, inscrito no Grupo 6, Classe 10 – 4 cilindros com 1800cc, e o piloto era Jan Balder auxiliado por Alfred Maslowaski .
Existem algumas lendas em torno de veículos especiais de competição, e esse Puma deu origem a boatos de que a fábrica fazia um modelo chamado Rallye, que na realidade nunca existiu, além de comentarem que foram fabricados carros para competição em série chamados de “Espartanos”, que teriam a fibra mais fina, outro fato nunca comprovado. A verdade é que Milton Masteguim da Puma e o mecânico Wilson, prepararam na fábrica um Puma de forma rápida, com uma carroceria de fibra de vidro mais fina (pesando 50kg a menos), e colocando uma motorização preparada de 1.800cc.




