118 Garage

Então, o ano de 2018 está chegando na sua reta final e como numa corrida de longa duração, deveríamos estar cautelosos, andando com cuidado nas últimas voltas, mantendo a posição, preservando o carro para a bandeirada final.
Mas aqui na 118 Garage isso não acontece! Praticamente adotamos uma filosofia que acabei de conhecer com os Jeepeiros do grupo Comando 4×4: “Passa ou quebra”!
Traduzindo para a coleção, eu deveria estar arrumando o acervo, tirando a poeira, fazendo um balanço geral, mas não! Acabei de receber um lote com 7 miniaturas da Volare Brasil e virei a casa de cabeça pra baixo!
Bom, não são quaisquer miniaturas que chegaram, são “as senhoras miniaturas”! São exemplares incríveis, de qualidade indiscutível, feitos de maneira artesanal, o que agrega muito valor ao acervo.

Dentre as obras de arte em escala 1/43 que recebi, o Dodge Polara 1800 que correu em Tarumã em 1976, pilotado por Fabio Sotto Mayor e João Batista de Aguiar é um dos modelos que me surpreendeu demais. Um Polara? De corrida? Não pode ser? Vou pagar pra ver essa encrenca ao vivo e tirar a dúvida! Pois não é que essa miniatura é um show!

Outro modelo sensacional, e que suspirei ao vê-lo ao vivo foi o FNM JK 2150 dos pilotos Jayme Silva e Ugo Galina, que correu as 24 Horas de Interlagos em 1970.

Do famoso piloto Ciro Cayres recebi um Simca Abarth, carro que conduziu na III edição das 3 Horas de Velocidade de Interlagos em 1964.

Para iniciar a dose de Ford Maverick, começamos com um 4 cilindros, do italiano Vittorio Brambilla, que disputou o Torneio dos Campeões em 1975, competição promovida pela Ford do Brasil.

Agora pegando mais pesado, vamos de V8, com uma dupla de pilotos de alta octanagem: José Carlos Pace e Paulo Gomes, nos 1000 Km de Brasília em 1975.

E pra aumentar um pouco mais a dose de octanagem, colocamos mais um piloto nesse V8, agora temos José Carlos Pace, Paulo Gomes e Bob Sharp nas 25 Horas de Interlagos de 1975, corrida em que chegaram em primeiro lugar.

Mas nada é tão bom que não possa ser melhorado um pouco mais! É assim que pensam a maioria dos preparadores de carros de corrida e é assim que pensava também Luiz Antônio Greco quando desenvolveu “um pouco mais” o Maverick da Equipe Mercantil Finasa Motorcraft da Divisão 3. Eu não saberia definir como ficou o carro com palavras amistosas, então sendo generoso, vou tratá-lo como monstrinho. É impossível olhar e não ter medo.

Enfim, a Volare Brasil acertou em cheio ao reproduzir esses exemplares da equipe Greco Mercantil Finasa. Não há o que falar desse resgate histórico do automobilismo nacional de ouro e ainda com as cores da bandeira do Brasil. Sensacional!