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Mais um ano passou, mais um ciclo se fechou: esse foi de adaptação!
Foi complicada essa adaptação à nova realidade em função do casamento e dessa falta de tempo cada vez maior. Sim, o tempo está cada vez mais curto para as atividades extras, e a 118 Garage se encaixa na tal das “atividades extras”. Mas seguimos em frente, às vezes com o pé lacrado no fundo do acelerador, às vezes com o pé um pouco mais leve, quase que cutucando o freio, mas nunca parados!
Bom, não teve festa, mas teve presentão nesse aniversário de cinco anos da 118 Garage. Na véspera de soprar as velinhas, recebi uma encomenda da Volare Brasil com sete miniaturas incríveis, produzidas de maneira praticamente artesanal para aumentar a coleção do automobilismo brasileiro.

Presentão de Aniversário: 5 anos 118 Garage.

Dentre as várias preciosidades que recebi estão a miniatura do Avallone Chrysler da Equipe Ifesteel cujo piloto era Artur Bragantini, e uma curiosidade deste protótipo é que ele foi destruído num acidente na 3ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Construtores de 1973 em Curitiba. Detalhe que este mesmo carro já havia vencido as duas primeiras etapas do campeonato.
Seguindo em altíssima velocidade temos a italiana Alfa Romeo P33 da equipe FNM Jolly Gancia que foi responsável por alavancar a carreira do piloto José Carlos Pace, o “Moco”. Esse carro teve uma história curta nas pistas, porém merece todo destaque e consideração, pois enfrentou e venceu adversários com equipamentos superiores ao seu motor v8 de dois litros.
Para fazer companhia ao Fusca que já está no acervo, eis que chega um VW Karmann Ghia/Porsche dos irmãos Wilson e Emerson Fittipaldi. Dizem que a equipe Dacon, ao retirar-se das pistas em 1967, vendeu os Karmann-Ghia/Porsche para alguns pilotos da equipe, e Emerson e Wilson compraram o de número 77 junto com dois motores Porsche de 2.000cc. Esse carro foi repintado na cor coral e “renumerado” com “7”, o preferido de Emerson. Com esse KG eles conseguiram vencer as 6 Horas de Interlagos de 1967, quando superaram os grandes favoritos: Alfa Romeo GTA da Equipe Jolly Gancia, a Carretera de Camilo Christófaro e os dois Alpine da Equipe Willys.
O Maverick preto é uma réplica do modelo utilizado por José Carlos Pace, o “Moco”, que foi o vencedor do Torneio dos Campeões de 1975. Essa competição foi organizada pela Ford do Brasil para reunir vários pilotos sul-americanos e até um italiano, com o objetivo de promover o Maverick 4 cilindros. Foram duas corridas realizadas, Interlagos e Brasília, onde os carros foram sorteados entre os pilotos, não tendo privilégios para um ou outro competidor. Foram duas baterias por prova e a ordem de largada da primeira bateria era invertida na segunda, permitindo mais competitividade.
O acervo da 118 Garage já possuía um DKW Carcará na versão teste, aquela em que não havia pintura ainda, e o carro estava sendo preparado e ajustado. Agora recebi a versão oficial da quebra do recorde de 1966, e inclusive, a miniatura está acomodada num diorama com os personagens envolvidos na cronometragem e pilotagem. É um set incrível que faz você viajar no tempo e imaginar a loucura desse feito histórico.
No final da década de 70 o Chevrolet Opala já dominava as pistas de corrida, sendo destaque em todas as categorias, e na verdade corria contra ele mesmo. Em 1979 a Chevrolet criou uma categoria específica para ele, e com isso trouxe os principais pilotos junto: surgia a Stock Car. Esse é o primeiro Opala Stock Car no acervo da 118 Garage, e é a miniatura do primeiro campeão de 1979, o Opala do piloto Paulo Gomes, da Equipe Coca-Cola/Gledson. Um símbolo, um marco histórico, que agora ganha um espaço de destaque na coleção e que será lembrado para sempre.
Outra “barata” que nunca será esquecida, pelo menos por mim, será a VW Brasília Divisão 3 do piloto Ingo Hoffmann. Esse carro lendário que pertenceu ao dinossauro do automobilismo Ingo não poderia ficar de fora da 118 Garage em hipótese alguma! Essa VW Brasília consagrou Ingo na Divisão 3 Classe A até 1600cc nos 500KM de Interlagos em 1974. Ele chegou em 1º lugar na sua categoria e em 4º lugar na geral, superando inclusive Mavericks e Opalas de ponta, além dos seus adversários diretos da Volkswagen da Equipe Gledson/Amador.

VW Brasília Divisão 3 Ingo Hoffmann – Opala Stock Car Paulo Gomes

VW Brasília Divisão 3 Ingo Hoffmann – Opala Stock Car Paulo Gomes

VW Brasília Divisão 3 Ingo Hoffmann – Opala Stock Car Paulo Gomes

VolksJam 2017 – Passo Fundo/RS

Publicado: 18 de junho de 2017 em Uncategorized

Apesar da gripe que insistia em tentar boicotar nossos planos, eu e a Primeira Dama partimos para o VolksJam na cidade de Passo Fundo/RS.
Este tradicional encontro de veículos Volkswagen refrigerados a ar e seus derivados é uma excelente oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a cultura “VW a Ar”, que vem crescendo a cada ano, seja em quantidade, seja em qualidade dos veículos.
Esse ano o que me chamou a atenção foi a grande quantidade de modelos rebaixados, e neste quesito tinha para todos os gostos: com suspensão fixa, móvel com rosca, e também as acionadas a ar.
Efetuei alguns registros deste evento que movimenta todos os colecionadores e entusiastas dos Volks na região. Apesar de chegarmos ao evento próximo do seu encerramento, conseguimos ver muitos carros interessantes, inclusive uma Saveiro BX 1983, modelo que eu duvidava ver ao vivo, pois sequer lembrava-me de sua fabricação!

Como de costume, o Gilmar do Mundo dos Carrinhos compareceu ao evento e aproveitou para trazer algumas peças valiosas para o acervo da 118 Garage. As miniaturas na escala 1/43 são obra do artista/customizador Rodolfo Costea de Florianópolis/SC, que não poupou esforços para atender aos meus pedidos. Destaque para os dois modelos da Equipe Willys, que chegam para engrossar a temática Automobilismo Nacional.

Automobilismo Nacional – Pé no fundo

Publicado: 7 de junho de 2017 em Uncategorized

Uma semana depois, eis que recebo a segunda caixa da Volare Brasil, e nela mais cinco exemplares chegam para enriquecer ainda mais a coleção do Automobilismo Nacional.
Como já havia comentado no post anterior, três exemplares incríveis do protótipo Avallone passam a integrar o acervo. Dois são Avallone/Ford e foram pilotados por Antonio Castro Prado e Nilson Clemente, o outro é Avallone/Chrysler, e foi pilotado pelo próprio construtor, Antonio Carlos Avallone.

Avallone A11: ícone entre os protótipos nacionais

São ícones do automobilismo, em especial dos protótipos, que merecem um lugar especial na história, pois representam uma fase de muita criatividade e ousadia dos construtores, bem como de muita coragem e habilidade dos pilotos.

Avallone/Ford em dose dupla e Avallone/Chrysler do próprio construtor Antonio Carlos Avallone.

Dando muito valor ao automobilismo nacional, a Volare Brasil reproduziu o Volkswagen Fusca 1600 que os irmãos Fittipaldi utilizaram numa corrida em Porto Alegre. Em dezembro de 1968, a terceira e última versão de rua das 12 Horas foi conquistada justamente pelos irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi Jr., com o Volkswagen nº 7. Outro destaque daquela prova foi o então recém-lançado Ford Corcel, que nessa prova chegou em segundo lugar pilotado por José Carlos Pace e Bird Clemente.

Puma GTE 1800 e Volkswagen Fusca 1600: muita história envolvida.

Um fato interessante dessa prova, que ocorria numa pista estreita e sinuosa do circuito Cavalhada-Vila Nova, com percurso de aproximadamente 6,7 quilômetros, foi um grave acidente que levou à proibição de provas automobilísticas em ruas e estradas. Essa tradicional competição permanece até hoje como 12 Horas de Tarumã, e é realizada no autódromo do Tarumã em Viamão.

Saímos do Brasil mas continuamos brasileiros, então temos um Puma GTE 1800 que é considerado o primeiro veículo brasileiro a competir num Rallye na Europa. Era a quinta edição do Rallye Internacional TAP, e ocorreu entre os dias 5 e 10 de outubro de 1971. O Puma brasileiro levava o número 132, inscrito no Grupo 6, Classe 10 – 4 cilindros com 1800cc, e o piloto era Jan Balder auxiliado por Alfred Maslowaski .

Puma GTE 1800 e Volkswagen 1600

Existem algumas lendas em torno de veículos especiais de competição, e esse Puma deu origem a boatos de que a fábrica fazia um modelo chamado Rallye, que na realidade nunca existiu, além de comentarem que foram fabricados carros para competição em série chamados de “Espartanos”, que teriam a fibra mais fina, outro fato nunca comprovado. A verdade é que Milton Masteguim da Puma e o mecânico Wilson, prepararam na fábrica um Puma de forma rápida, com uma carroceria de fibra de vidro mais fina (pesando 50kg a menos), e colocando uma motorização preparada de 1.800cc.

Um tempo atrás adquiri cinco exemplares que deram inicio a uma nova temática na 118 Garage, o Automobilismo Nacional na escala 1/43.
Hoje recebi uma caixa com mais alguns exemplares valiosíssimos para o acervo, e posso dizer que agora o negócio ficou sério mesmo!
São nada mais nada menos do que três Lola modelo T70 que correram no Brasil por um curto período de tempo, mas o suficiente para impressionar e deixar sua marca registrada, tanto é que foram guiadas por azes do volante como Antônio Carlos Avallone, Wilson Fittipaldi Jr., Norman Casari e Jan Balder.

Lola T70: sempre guiadas por azes do volante no Automobilismo Nacional.

Lola T70 em dose tripla, agora no acervo da 118 Garage.

Outra lenda das pistas que chega para enriquecer o grid é o Porsche 908/2 da Equipe Hollywood, que foi pilotado por Luiz Pereira Bueno. Este modelo ficou famoso no Brasil com as cores da Equipe Hollywood em 1971 e 1972, mas na sua estréia era um carro verde e branco com pequenos adesivos da STP e do Banco COMIND. Essa mesma equipe se tornaria, após duas corridas com o Porsche 908/2, em Equipe Hollywood, que dominaria completamente as corridas de esporte protótipo. Seus principais adversários eram Lola T70, Lola 210, Porsche 910, Royale, Casari, Amato, e claro, a Carretera do Lobo do Canindé.

Porsche 908/2, Avallone Chrysler A11, STR Gavião

E se unirmos as temáticas automobilismo nacional com o cinema, qual seria o resultado? A resposta bem que poderia ser o filme: Roberto Carlos a 300 Km/h! Então, deste filme vem a miniatura do Avallone / Chrysler A11, carro que pertenceu ao Antonio Carlos Avallone utilizado na Divisão 4 CATEGORIA B (Campeonato Brasileiro de Viaturas Esporte Nacional – CBVEN 1972 / 1975), que foi customizado exclusivamente para as filmagens. Apesar de não ter corrido pra valer nessa versão, essa miniatura vem para o acervo e aguarda a chegada de outros Avallone, e estes sim, aceleraram forte nas pistas.

Porsche 908/2, Avallone Chrysler A11, STR Gavião

Aproveitando a viagem e seguindo a temática filmes, chegou também uma miniatura do Gavião, uma espécie de perua do Brasinca GT 4200 Uirapuru. Esse modelo foi usado no episódio Águias de Fogo da série Vigilante Rodoviário de 1967, cujo personagem principal era Carlos Miranda. Essa miniatura é rica em detalhes e retrata um veículo que até onde se tem informações não existe mais. Vale muito pelo registro histórico, tanto do veículo, como da série, por isso recomendo a todos os colecionadores de miniaturas de carros nacionais.

Cadillac: obra de arte sobre rodas!

Novamente partimos para Xanxerê – SC para mais um encontro de carros antigos.
Esse evento cresce muito a cada ano, tanto em quantidade como em qualidade dos veículos participantes. Seguem alguns registros fotográficos que efetuei no sábado à tarde.

Pumas: dose dupla

Banheira do Pecado

F100: verde incrível

Passat Super Low

Chevrolet C10

Fordão

Ford Truck: em extinção

MP Lafer: Dose dupla

KG TC: belíssimo

Dodge: lindo!

Dose dupla MB

Maverick: monstrinho!

Maverick: usina de força!

Dodge & Opalinha

Opalinha: em construção!